Depreciação de veículos: guia completo sobre o assunto

A depreciação ela existe, mas você entende bem o que influencia no seu crescimento e queda? Saiba mais aqui!
07/01/2025
5 min de leitura

A depreciação de veículos é um tema crucial para gestores de frota que buscam maximizar a eficiência operacional e reduzir custos. Saber como calcular e minimizar essa desvalorização pode ser um diferencial estratégico.

É importante entender o que influencia no seu crescimento e queda? Quando a depreciação deve servir como um sinal de alerta para que alguma ação seja tomada em relação à forma com que a frota está sendo gerida?

Por isso, preparamos este guia para explicar em detalhes o conceito, os fatores que influenciam, como calcular e as melhores práticas para reduzir a depreciação de veículos.

O que é a depreciação de veículos?

De forma sucinta, podemos dizer que a depreciação de veículos refere-se à perda gradual de valor de um automóvel ao longo do tempo.

Desde o momento em que sai da concessionária, o veículo começa a perder valor devido a fatores como uso, idade, condições do mercado e estado de conservação.

Além disso, a depreciação de veículos pode ser considerada da seguinte maneira:

  • 8 a 10 anos para veículos pesados;
  • 7 a 9 anos para veículos semipesados;
  • 5 a 7 anos para veículos leves.

Para o gestor de frota, entender esse processo é essencial, pois impacta diretamente os custos operacionais, a decisão de compra e venda, e o planejamento financeiro.

O que influencia na depreciação de veículos?

Vários fatores contribuem para o ritmo em que um veículo perde valor. Conhecer cada um deles ajuda na adoção de práticas para controlar a depreciação.

A seguir, confira alguns itens indispensáveis para verificar e acompanhar na depreciação de veículos.

Quilometragem

A quilometragem é um dos principais fatores de desvalorização. Pois, veículos com alta quilometragem são vistos como mais desgastados, mesmo que estejam em bom estado mecânico.

O uso excessivo impacta a confiabilidade e pode aumentar o custo de manutenção, acelerando a depreciação.

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Idade do veículo

Quanto mais antigo o veículo, maior a sua depreciação.

Tecnologias defasadas, modelos ultrapassados e menor atratividade no mercado de revenda contribuem para a desvalorização. No entanto, veículos bem mantidos tendem a sofrer menos impacto.

Combustível usado

A escolha do combustível também influencia a depreciação de veículos.

Por exemplo, veículos a diesel geralmente mantêm seu valor por mais tempo em comparação aos movidos a gasolina, devido à durabilidade do motor e à economia de combustível.

Histórico de manutenção

Um histórico de manutenção bem documentado pode desacelerar a desvalorização.

Veículos que recebem manutenção regular são mais valorizados, pois apresentam maior confiabilidade e menor risco de falhas.

Acidentes ou danos anteriores

Qualquer histórico de acidentes ou danos significativos pode reduzir o valor de mercado do veículo. Mesmo com reparos realizados, compradores e empresas percebem esses veículos como menos confiáveis.

E no que afeta saber a depreciação?

A primeira informação importante a saber é que a depreciação impacta diferente os diversos tipos de veículos disponíveis no mercado. Fatores como: o modelo ser popular, a disponibilidade de peças ser farta, ou a montadora ter um bom suporte nacional podem influenciar a uma depreciação menor, enquanto o oposto a isso pode acarretar quedas maiores no valor de revenda do ativo.

Dessa maneira, saber a depreciação de um determinado veículo te ajuda especialmente em dois momentos.

Primeiro, na venda, pois você poderá acelerar a liberação de um determinado bem a partir do momento que é identificado que ele está próximo de sofrer uma perda mais significativa em seu valor de mercado.

Depois, na compra, saber a depreciação média de um determinado modelo te ajuda a escolher melhor, sabendo que no momento da venda você poderá fazer negócios mais saudáveis para sua empresa.

Como calcular a depreciação de veículos?

Existem métodos práticos para calcular a depreciação. Conhecer essas fórmulas auxilia gestores na avaliação da frota e no planejamento de custos.

Pela Tabela FIPE

A Tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) é uma das principais referências para determinar o valor de mercado de veículos no Brasil. Comparando o valor de compra com o valor atual listado na tabela, é possível calcular a depreciação acumulada.

Vamos imaginar a seguinte situação: sua frota tem um veículo de carga com cinco anos de uso e foi comprado pelo valor de R$ 90.000,00. Mas, atualmente, segundo a Tabela FIPE, o carro está valendo R$ 50.000,00.

Vamos calcular a desvalorização desse carro em 5 anos:

Depreciação = 90.000 – 50.000/ 60 meses

Depreciação = R$ 666,67 por mês de depreciação

Agora, vamos conferir a taxa de depreciação de veículos utilizando a Tabela FIPE:

Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] x 100

Em 2024, o valor do veículo e estava R$ 55.000,00, já em 2025 ele está R$ 50.000,00. Então, vamos ter:

Índice de Desvalorização = [(55.000 – 50.000) / 55.000] x 100 = 9,09%

Com isso, a taxa de depreciação anual desse veículo da sua frota é de 9,09%.

Pelo sistema da Receita Federal

A Receita Federal também oferece parâmetros de depreciação fiscal, geralmente aplicados em balanços patrimoniais. Segundo o órgão, esse cálculo de depreciação de veículos considera uma vida útil de cinco anos, com uma taxa de 20% ao ano.

Então, vamos seguir com o exemplo do veículo citado, que sofrerá 20% de depreciação.

  • 90.000 x 20% =  R$ 18.000,00 de depreciação anual;
  • 18.000/ 12 meses= R$ 1.500,00 de depreciação mensal do veículo.

Dessa forma, o veículo terá uma depreciação anual de R$ 18.000,00 e uma depreciação mensal de R$ 1.500,00.

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Como reduzir a desvalorização de veículos?

Embora a depreciação seja inevitável, há práticas que ajudam a minimizar seus efeitos:

  • Manutenção preventiva regular: Realizar serviços de manutenção programada garante a integridade do veículo.
  • Condução eficiente: Treinar motoristas para reduzir o desgaste prematuro e evitar abusos ao veículo.
  • Rotação da frota: Alternar o uso dos veículos para evitar o acúmulo de quilometragem em poucos automóveis.
  • Registro de histórico: Documentar todas as manutenções e reparos aumenta a credibilidade do veículo no mercado.
  • Escolha estratégica na compra: Optar por modelos que têm boa aceitação no mercado de revenda.

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