Todos que atuam como gestor de frotas e possuem um viés forte em segurança operacional sabem o temor que é um acidente, por isso atuamos fortemente com ações de prevenção e mitigação de riscos, visando ter uma operação que rode ilesa pelo maior tempo possível.

Neste artigo, vamos falar sobre um comportamento comum e perigoso no trânsito: não manter distância segura entre veículos. Com base nos dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostraremos como esse fator contribui para os acidentes e o que pode ser feito para mudar essa realidade.

Distância insegura é uma das principais causas de acidentes

Ao olhar o painel de acidentes da CNT, podemos refletir sobre as principais causas de acidentes nos últimos anos. E é nítido o quanto temos de acidentes que potencialmente estão ligados às distâncias inseguras, sejam estes representados pela ausência de reação, reação tardia ou através da reação insuficiente.

Aproximadamente 30% dos acidentes e 23% das mortes no trânsito estão relacionados à:

  • Falta de reação;
  • Reação tardia;
  • Reação insuficiente.

Mas por que isso acontece? Seriam estas causas uma tomada de decisão errada do condutor ou um fator cultural do trânsito que acabou resultando no pior?

 O risco de colisão por dirigir colado é real

O conhecido risco de colisão é um comportamento inseguro constantemente observado no trânsito aqui no Brasil e que corrobora bastante com estas causas de acidentes é andar muito próximo ao veículo à frente. 

Mesmo muitos motoristas não enxergando isto como um risco de colisão, o fato é que no caso de uma desaceleração que exija que ele tome uma ação de parada num curto espaço de tempo, possivelmente não vai ser possível evitar a colisão. 

Este comportamento possui uma separação exclusiva no relatório da CNT que representa em torno de 6% dos acidentes. Porém, é fato de que a uma boa parcela dos casos de ausência de reação ou reação insuficiente ocorrem devido ao condutor não respeitar uma distância segura entre veículos, portanto, precisamos combater este sintoma com muita urgência.

 O que dizem os órgãos de trânsito sobre distância segura

Segundo o manual de direção defensiva dos órgãos oficiais de trânsito, é indicado manter uma distância de 2 a 3 segundos em relação ao veículo à frente. Vale destacar que as condições climáticas também interferem bastante nesse cálculo, afinal, tudo isso é baseado em princípios da física.

A parada total do veículo varia conforme a velocidade em que ele trafega, somada ao tempo de reação do motorista, um fator frequentemente ignorado. 

Mesmo atento a via, o condutor geralmente não espera um imprevisto que exija uma ação imediata. Caso ocorra, segundo fontes oficiais, o tempo médio de reação de uma pessoa saudável pode variar entre 0,75s e 1,5s.

Ou seja, a uma velocidade de 80 km/h (22,22 m/s), até que o motorista reaja para evitar uma colisão, o veículo percorrerá entre 16 e 33 metros — sem contar o tempo necessário para a frenagem completa.

Como mudar essa cultura na sua frota

Precisamos conscientizar os motoristas com relação a este péssimo hábito de dirigir próximo ao veículo à frente e a forma mais eficaz de mudar esta cultura é através das seguintes práticas:

Educação do condutor

Intensifique treinamentos e reciclagens focando em boas práticas de direção defensiva, incentive os motoristas da sua frota a estudarem mais e executarem uma direção técnica.

Aulas práticas

Utilizem os motoristas instrutores e padrinhos para colocar em prática tudo o que foi aprendido em uma sala de treinamento, com muito foco em conduzir eliminando o risco de colisão.

Tecnologias embarcadas

Invistam em tecnologias que possam auxiliar o motorista na detecção do comportamento de risco. A tecnologia tem que estar cada vez mais presente nos auxiliando a ter uma boa conduta no trânsito, assim como em monitorar a performance do motorista.

Monitoramento proativo

Quando o motorista estiver em viagem, acompanhe, tenha um centro de controle operacional com o intuito de combater comportamentos de risco no momento que está acontecendo, auxiliando o motorista a mudar de postura no trânsito.

Segurança no trânsito começa com prevenção

Construir uma cultura de segurança nas estradas exige esforço, tecnologia e educação contínua. Assim, ao adotar práticas que reforcem o respeito à distância segura entre veículos, sua frota estará mais protegida e eficiente.

Lembre-se: o transporte rodoviário é vital para a economia do Brasil, e garantir uma operação segura é responsabilidade de todos que atuam na gestão de frotas!

Maurício Januario

Gestor de Segurança Operacional em uma Mobitech brasileira, com experiência em gestão de operações, logística, transformação digital e eficiência operacional. Apaixonado por atuar em construção ou revisão de processos, orientação a dados e liderança de times com propósito, em busca de excelentes resultados como redução de custos, tempo de entrega e aumento de performance.

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