Já percebeu que a gente sempre associa desempenho a produtividade?

Acreditamos que desempenhar bem é fazer muito, é fazer tudo. É dar conta de todas as demandas. Só que esse fazer, na verdade, nos leva à sobrecarga, que nos leva ao cansaço físico e mental, estresse e esgotamento. Daí, a gente tem uma queda no nosso desempenho e acha que não é bom o suficiente. Começa a se questionar, se sente desmotivado e desencadeia um monte de problemas, podendo inclusive desenvolver burnout.

E se eu te disser que alto desempenho não tem a ver só com produtividade?

Continua nesse texto que você vai perceber por que, para se ter alto desempenho, é necessário muito mais do que só fazer…

Alto desempenho na origem

A palavra “desempenho” é uma junção do prefixo “des”, que indica negação, e o verbo “empenhar”, que tem origem no latim impignare, que significa a “penhor” ou “objeto dado em garantia”. Assim, “desempenhar” significa liberar-se de algo que estava empenhado, cumprir uma obrigação ou realizar uma tarefa.

Quando pesquisamos o significado, entendemos que, por extensão, a palavra desempenho foi sendo associada a resultado, eficiência e entrega: quanto mais eu cumpro uma tarefa, quanto mais me liberto de algo que estava empenhado, mais sou eficiente. Logo, tenho alto desempenho, ou seja, mais livre eu estou para me empenhar em novas atividades. Por isso fomos associando logicamente alto desempenho a produtividade.

E quando se faz muito, mas sem qualidade?

E se, ao entregar suas demandas, você começa a receber feedbacks corretivos, se a qualidade do seu trabalho passa a ser questionada ou você percebe um maior retrabalho? Concorda comigo que isso vai impactar no seu resultado? Por mais que você então consiga realizar muito, entregar todas as demandas, terá seu resultado questionado e tido como ineficiente.

Faz sentido pensar então que essa ineficiência não necessariamente tem a ver com incapacidade ou falta de capacidade técnica, mas sim com uma produtividade mal planejada e engajada apenas no livrar-se da atividade demandada?

Então, você entende por que alto desempenho não só é fazer, mas entregar com qualidade? É ter o melhor resultado, no melhor tempo e da melhor forma?

Se concorda, continua comigo e vamos entender por que não tem como ter alto desempenho sem saúde mental.

Mente saudável: combustível para bons resultados

Vamos usar uma metáfora: imagine que seu desempenho é uma chama, um fogo ardente. Sua mente, então, seria a lenha — o que alimenta esse fogo. Para que esse fogo se mantenha ardente, não adianta ter muitas lenhas se elas não estiverem em boas condições… Essa condição e qualidade da lenha é sua saúde mental.

A mente como uma lenha

Cada pensamento, crença e estratégia é um pedaço de lenha. Uma mente focada, confiante e resiliente oferece lenha seca e bem rachada. Ela queima com intensidade e eficiência, gerando um calor poderoso e duradouro.

A saúde mental como condição da lenha

A saúde mental é o estado de conservação dessa lenha. Se a lenha está bem cuidada, sem pragas ou umidade (sem estresse excessivo, ansiedade ou esgotamento), ela queima de maneira limpa e sustentável.

Fatores que comprometem a saúde mental

A negligência da saúde mental é como deixar a lenha exposta à chuva. O estresse crônico, a ansiedade e a falta de descanso são a umidade que se infiltra na madeira. Mesmo que você tenha uma pilha enorme de lenha (muito talento e disposição para fazer), se ela estiver úmida, o fogo vai lutar para se manter aceso. Ele produzirá muita fumaça (esgotamento, desempenho inconsistente) e, em vez de aquecer, pode até se apagar por completo (burnout ou colapso).

A mensagem central é que não basta ter a “lenha” da disposição e do talento. Para que o fogo do desempenho brilhe de verdade, é preciso, acima de tudo, cuidar da “condição da lenha”.

Portanto, ter alto desempenho só é possível quando se tem saúde mental. O autocuidado, a terapia, o descanso, a gestão do tempo e das atividades e a busca por equilíbrio são o “tratamento e a proteção” que garantem que sua lenha mental esteja sempre pronta para alimentar a chama da excelência.

Convite à reflexão

Se você chegou até o final do texto, eu te convido agora a refletir: em qual condição está a sua “lenha” e como tem conservado a “lenha” da sua equipe? Observe a qualidade do “fogo”, a intensidade da “chama”. Como está a entrega dos resultados? Você de fato tem proporcionado a si e aos outros condições para a promoção da saúde mental?

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Tatiana Vasconcelos

Psicóloga clínica e organizacional, consultora de RH, professora universitária, treinadora e palestrante.

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