Novembro chegou, e com ele, a lembrança anual de que é tempo de os homens cuidarem da própria saúde. No entanto, por trás da cor azul, reside um desafio silencioso, mas persistente: o tabu que impede muitos homens de buscar cuidados médicos preventivos.

Este não é apenas um problema de saúde; é uma questão cultural que tem impactos profundos na vida pessoal e profissional. É hora de o ambiente corporativo, e em especial os gestores, assumirem um papel ativo nessa quebra de paradigma.

O preço do não cuidado

A sociedade ensinou, por gerações, que o homem deve ser forte, inabalável e, muitas vezes, invulnerável. Ir ao médico apenas quando a dor é insuportável…

Essa “armadura da masculinidade” gera um atraso crônico na busca por cuidados. O resultado? Doenças como o câncer de próstata – que, se diagnosticado precocemente, tem mais de 90% de chance de cura – são descobertas tardiamente, elevando a taxa de mortalidade masculina.

O efeito cascata na vida pessoal e profissional

As consequências dessa negligência vão muito além do risco do câncer de próstata. O homem que evita o check-up rotineiro também ignora a prevenção de outras condições críticas, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, que são mais prevalentes e fatais em homens.

  1. Na vida pessoal: a falta de cuidado leva ao adoecimento, exigindo licenças médicas prolongadas, internações e, em casos graves, incapacidade. O custo emocional e financeiro recai sobre a família, transformando a negligência individual em sofrimento coletivo;
  2. No ambiente profissional: um colaborador doente ou com a saúde fragilizada é sinônimo de queda na produtividade, aumento do absenteísmo (faltas e atrasos) e redução da concentração. Além disso, o estresse decorrente de uma condição de saúde mal gerenciada pode afetar o clima da equipe e as relações interpessoais. Em resumo, o tabu do cuidado não só prejudica a pessoa, mas também impacta diretamente a performance e a sustentabilidade do negócio.

A responsabilidade do gestor no novembro azul e seu poder de transformação

Para as empresas, promover a saúde masculina é um investimento estratégico. O gestor tem o poder de criar um ambiente seguro e encorajador para quebrar o tabu.

Não basta apenas pendurar um cartaz azul; é preciso ir além da informação e oferecer incentivo prático.

Dicas de ouro para lideranças promoverem a prevenção durante o Novembro Azul:

Confira abaixo algumas dicas:

  • 1. Seja o exemplo (Liderança pelo cuidado): o gestor, especialmente os homens, deve falar abertamente sobre a importância do seu próprio check-up. Uma simples menção como “Vou tirar a tarde para meu exame de rotina” normaliza o ato e o valida para a equipe.
  • 2. Flexibilize a jornada (O incentivo prático): ofereça dispensa remunerada ou horas de folga especificamente para a realização de exames preventivos (como o PSA e exames de rotina). Essa é a medida mais eficaz, pois elimina a barreira do tempo e a necessidade de o colaborador “mentir” ou se sentir culpado por se ausentar para cuidar da saúde.
  • 3. Garanta a privacidade e o acolhimento: crie canais de comunicação confidenciais. É fundamental que o colaborador sinta que sua privacidade será respeitada ao solicitar o tempo para o exame. O foco deve ser na saúde integral, e não apenas no câncer de próstata, para desmistificar o exame de toque e estimular um cuidado mais abrangente.
  • 4. Invista em conteúdo integral: promova palestras ou workshops com profissionais de saúde (urologistas, cardiologistas, nutricionistas) focando na saúde do homem de forma geral: alimentação, saúde mental e gerenciamento de estresse.

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O Novembro Azul é um convite para o homem abandonar a velha crença de que cuidar de si é opcional ou um sinal de fraqueza. Para o gestor, é uma oportunidade de demonstrar que a empresa valoriza o bem-estar de seu capital humano. Ao derrubar a armadura da negligência, garantimos mais saúde, longevidade e equipes mais produtivas e engajadas.

Sua empresa já deu o passo para incentivar a prevenção? Comece hoje a transformar a cultura do cuidado!

Leia mais: Saúde física e profissional

Tatiana Vasconcelos

Psicóloga clínica e organizacional, consultora de RH, professora universitária, treinadora e palestrante.

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