Se você é empresário(a), gestor(a) ou colaborador(a) do setor de transportes, precisa saber sobre algo vital para o seu negócio e, mais importante, para a sua vida: a relação entre suas emoções e a sua saúde física e profissional.

No mundo do transporte, a pressão por prazos, a responsabilidade pela carga e a rotina muitas vezes solitária e intensa são enormes. Por essa razão, tendemos a engolir a raiva, a ignorar a frustração e a mascarar o cansaço. Mas o que acontece quando fazemos isso? Nossas emoções não desaparecem; elas apenas escolhem um novo lugar para morar: o nosso corpo. 

Continue lendo para entender mais!

O corpo grita o que a boca cala (adoecimento físico)

Quando sentimos emoções intensas como estresse crônico, raiva não expressa ou ansiedade constante, nosso organismo entra em um estado de alerta permanente, conhecido como a “resposta de luta ou fuga”. O corpo se inunda de hormônios como o cortisol e a adrenalina.

No contexto do transporte, isso se manifesta de várias formas:

  • Dores crônicas: a tensão muscular constante causada pela ansiedade e pelo estresse leva a dores de cabeça frequentes, dores nas costas e no pescoço – problemas comuns para quem passa longas horas ao volante ou na gestão de frotas;
  • Problemas digestivos: o estômago é um dos primeiros a sentir o estresse. Síndrome do intestino irritável, gastrite e azia são frequentemente agravadas por preocupações e por comer apressadamente sob pressão;
  • Imunidade baixa: o cortisol em excesso enfraquece o sistema imunológico, tornando os profissionais mais suscetíveis a gripes, resfriados e infecções. Isso porque o corpo fica sem energia para se defender, pois está ocupado lutando contra um “perigo” emocional.

Lembre-se: seu corpo é o painel de controle: se as luzes de alerta (dor, insônia, cansaço) estão acesas, é hora de checar o motor das suas emoções.

A névoa emocional no ambiente de trabalho (desempenho profissional)

Adoecer emocionalmente não afeta apenas a sua saúde; afeta diretamente a produtividade e a segurança no setor de transportes.

  • Queda na concentração e erros: a ansiedade drena a energia cognitiva. Sendo assim, um colaborador estressado tem mais dificuldade em tomar decisões rápidas, calcular rotas com precisão e manter a atenção na estrada ou na logística complexa, aumentando o risco de acidentes e de erros operacionais;
  • Conflitos na equipe: a irritabilidade, fruto da raiva e da frustração acumuladas, se transforma em pavio curto. Por isso, pequenos desentendimentos viram grandes conflitos, prejudicando a comunicação e a coordenação entre motoristas, despachantes e administradores. Um ambiente de trabalho tenso é menos produtivo e mais desgastante;
  • Falta de motivação (burnout): a exaustão emocional prolongada leva ao burnout, onde a pessoa perde o sentido do seu trabalho e sente-se constantemente esgotada. Em vez de engajar, o profissional começa a faltar, a atrasar ou a fazer o mínimo necessário, afetando a pontualidade e a qualidade do serviço.

Pequenos hábitos para aliviar a carga (o que fazer?)

Como podemos, então, gerenciar essas emoções no dia a dia da empresa? A boa notícia é que não precisamos de grandes revoluções, mas de pequenos ajustes na rota:

  1. Reconhecer e nomear: o primeiro passo é parar e se perguntar: “O que estou sentindo agora?” É raiva? Medo? Cansaço? Dar nome à emoção tira um pouco do seu poder;
  2. O micro-descanso: em vez de esperar as férias, utilize pausas curtas. Isto é, antes de começar uma nova tarefa ou depois de uma ligação difícil, levante-se, tome uma água e faça 5 respirações lentas e profundas. Essa é uma forma rápida de “resetar” o sistema nervoso;
  3. Conversar é saúde: por isso, crie um ambiente onde a equipe se sinta segura para expressar frustrações de forma construtiva. A empresa pode oferecer palestras sobre manejo de estresse ou até mesmo acesso a um canal de apoio psicológico;
  4. Priorize o sono: é durante o sono que o corpo e a mente se recuperam do estresse emocional. Profissionais de transporte precisam de um sono de qualidade para garantir não apenas a saúde, mas a segurança de todos.

Como vimos, cuidar da saúde emocional é uma estratégia de negócios inteligente. Afinal, uma equipe mais equilibrada é uma equipe mais segura, mais focada e, consequentemente, mais lucrativa.

Invista na sua saúde e na saúde da sua equipe: a estrada para o sucesso começa com o bem-estar de quem está no volante!

Tatiana Vasconcelos

Psicóloga clínica e organizacional, consultora de RH, professora universitária, treinadora e palestrante.

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