Você já se perguntou quanto, de fato, custa manter uma frota própria na sua empresa?

Para muitos gestores, a frota própria representa controle, disponibilidade e até status. Mas, na prática, ela pode esconder uma série de custos invisíveis que afetam diretamente a competitividade e a margem da operação.

Neste artigo, vamos destrinchar os principais custos envolvidos na frota própria, apresentar dados do mercado e mostrar quando pode ser mais vantajoso migrar para um modelo terceirizado.

O custo que vai além do caminhão

Quando falamos em frota própria, o primeiro pensamento geralmente é: “o veículo é meu, logo é mais barato”. Só que essa conta não é tão simples assim.

A depreciação do veículo, por exemplo, começa no momento em que ele sai da concessionária. Segundo a KBB Brasil, veículos pesados podem perder de 10% a 15% do valor já no primeiro ano de uso. E isso sem contar o desgaste por uso intensivo, comum no transporte de cargas.

Além disso, há os custos diretos e indiretos, como:

  • Manutenção preventiva e corretiva;
  • Troca de pneus;
  • Combustível (com variação constante de preços);
  • Impostos (IPVA, licenciamento, taxas);
  • Seguro (geralmente mais caro por se tratar de uso comercial);
  • Salários, encargos e benefícios dos motoristas;
  • Gestão administrativa da frota.

E ainda há o tempo: o tempo que sua equipe gasta controlando rotas, abastecimentos, multas, infrações, documentos e performance dos motoristas. Tempo esse que poderia estar sendo usado em atividades mais estratégicas do negócio.

O impacto invisível na produtividade

Ter uma frota parada por manutenção, falta de motorista ou por problemas com documentação é mais comum do que parece. E isso impacta diretamente a eficiência logística e a experiência do cliente.

Segundo um levantamento da Frota&Cia (2023), em média 8% da frota própria de empresas brasileiras está inativa a qualquer momento, seja por questões operacionais ou legais. Isso significa perda de produtividade e aumento de custo por km rodado.

Outro ponto crítico é a gestão de risco. Isso porque frotas próprias estão mais expostas a roubos, acidentes e processos trabalhistas, especialmente quando não há uma estrutura robusta de compliance e monitoramento.

Empresas que operam com frota própria precisam ser especialistas em logística, mesmo quando esse não é seu negócio principal.

Como a telemetria ajuda a reduzir o custo da frota?

A tecnologia é uma aliada poderosa para quem opera com frota própria — especialmente quando há ferramentas de telemetria e monitoramento inteligente integradas à operação.

Isso porque empresas de tecnologia de gestão de frotas permitem:

  • Monitorar o comportamento do condutor (acelerações bruscas, frenagens, excesso de velocidade);
  • Reduzir o consumo de combustível com orientações em tempo real;
  • Antecipar falhas mecânicas com base em dados do veículo;
  • Controlar ociosidade e tempo de motor ligado parado;
  • Acompanhar a jornada dos motoristas e garantir conformidade com a legislação.

Segundo um levantamento da ABTI, frotas que utilizam sistemas de telemetria reduzem em até 20% o consumo de combustível e em 15% os custos com manutenção corretiva, além de melhorar os indicadores de segurança.

Investir em tecnologia é transformar dados em economia. A frota deixa de ser um “centro de custo imprevisível” e passa a operar com inteligência e controle.

Comparativo: frota própria x frota terceirizada

Para tomar a melhor decisão, é fundamental entender as diferenças entre os modelos:

Item Frota Própria Frota Terceirizada
Investimento inicial Alto (compra dos veículos) Zero ou reduzido
Custo mensal Variável (dependente de manutenção, etc) Fixo e previsível
Controle operacional Total Compartilhado com o parceiro
Riscos trabalhistas Responsabilidade da empresa Responsabilidade da transportadora
Escalabilidade da operação Limitada pela frota disponível Alta flexibilidade
Foco no core business Menor (tempo gasto com gestão da frota) Maior (terceiro assume a operação logística)

Em muitos casos, o modelo terceirizado oferece maior flexibilidade, previsibilidade de custos e menos riscos operacionais. Isso sem falar na possibilidade de negociar níveis de serviço (SLAs) com penalidades por não cumprimento — algo difícil de se aplicar internamente.

Quando vale a pena terceirizar a frota?

Se a sua operação está crescendo, ou se você tem dificuldades recorrentes com custos, disponibilidade ou gestão da frota, é hora de considerar a terceirização.

Empresas que atuam com entregas fracionadas, sazonalidade alta ou múltiplas rotas diárias podem se beneficiar muito de uma operação com frota terceirizada e monitoramento por indicadores de desempenho (KPIs).

Além disso, existem no mercado soluções de gestão integrada de transporte que permitem acompanhar toda a performance da operação em tempo real — algo que exige alto investimento se feito com frota própria.

O que dizem os dados?

Um estudo da FDC (Fundação Dom Cabral) mostrou que empresas com frota própria gastam, em média, 12% a mais por tonelada transportada do que aquelas que operam com frota terceirizada. 

Outro levantamento da CNT aponta que o custo de manutenção de caminhões cresceu mais de 23% em 2023, pressionando ainda mais as margens das operações com ativos próprios.

É hora de repensar sua frota?

A frota própria pode fazer sentido em algumas situações, como rotas fixas e de alto volume. Mas, na maioria dos casos, representa um modelo de alto custo, baixa flexibilidade e muitos riscos.

Repensar a estrutura logística não é apenas uma questão de cortar gastos, mas de ganhar competitividade, agilidade e foco no negócio principal.

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Quer saber mais? Leia também: Como calcular o custo por km da sua frota

Tiago Moura

Profissional com sólida experiência em gestão de frotas, atualmente atuando como Supervisor de Frota em uma empresa de transporte e cabotagem. Ao longo da carreira, desempenhei também a função de Analista de Transporte, sempre com foco em operações com frota própria. Atuei em duas multinacionais e em duas empresas de grande porte nacionais, acumulando conhecimento prático em controle operacional, manutenção, roteirização e indicadores de performance. Formado em Gestão Financeira e com pós-graduação em Logística e Transporte, possui perfil analítico, orientado à eficiência, otimização de processos logísticos e tomada de decisão com base em dados.

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